Cidade do sul do Brasil, capital do estado do Paraná, situada numa região de planaltos limitada pela serra do Mar. Curitiba é centro de grande importância comercial como mercado da fértil região que se estende em seus arredores, na qual são produzidos mate, café e artigos manufaturados. Além de suas funções administrativas e econômicas, nela estão sediadas a Universidade Federal do Paraná (1912) e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1959). O fluxo comercial com o exterior é feito através do porto de Paranaguá, ao qual está ligada por estrada de ferro e rodovia que atravessam a serra do Mar.
As primeiras expedições de bandeirantes à região foram motivadas pela descoberta de ouro, mas sua efêmera importância foi logo superada pelo contato com os campos abertos do sul, onde existia enorme quantidade de gado bovino semi-selvagem que os tropeiros passaram a conduzir para São Paulo. Essa atividade foi marcando a ocupação do território, que mais tarde foi complementada com a extração da erva-mate silvestre. Fundada em 1654, a cidade cresceu tendo como elemento coadjuvante a exploração da madeira das florestas de araucária vizinhas, de grande riqueza. Desde 1831 é capital do Paraná, separado de São Paulo como província autônoma em 1853.
O desenvolvimento de Curitiba deve muito às ondas de imigração européia do século passado: alemães no período 1830-60, italianos a partir de 1870, poloneses e ucranianos no final do século, complementados por árabes e japoneses no começo do século XX. O desenvolvimento posterior do plantio de café no oeste paranaense também teve um papel importante no crescimento da capital.
Nas últimas décadas, Curitiba ganhou prestígio nacional e internacional pela criatividade com que resolveu ou equacionou seus problemas urbanos e ambientais. A qualidade de vida, a eficiência dos transportes, a proporção de áreas verdes por habitante mais alta que em qualquer outra cidade brasileira, a coleta seletiva de lixo, são apenas alguns dos elementos que marcam a preocupação ecológica dos curitibanos.
A isso se deve acrescentar um planejamento urbanístico invejável e a construção de alguns prédios públicos como a Ópera do Arame e o Jardim Botânico, que destacam no panorama de uma arquitetura brasileira dominada por caixotes de vidro e cimento ou por fachadas falsificadas.
População (segundo estimativas para 1994): 1.386.692 habitantes.
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