Estamos muito habituados a ouvir música. Fazemos isso em casa, no carro, nas pistas de dança. Mas, indo além, como disse o poeta, "como é bom saber tocar um instrumento". A frase é um achado, uma beleza, mas assusta a todos que, por isso ou por aquilo, não podem ou não querem estudar música formalmente.
Nada contra partituras ou solfejos, mas precisamos levar em conta que é mais importante nos envolvermos com algum instrumento musical, mesmo sem ter estudado suas técnicas de execução, do que ficar alheio a esse hábito apenas porque não somos os reis do ritmo.
Na Bíblia, nos compêndios da umbanda, na crença rastafári ou entre os dervixes turcos, em todas as crenças e culturas encontramos máximas que dizem mais ou menos o seguinte: "Toque e cante para agradar aos deuses e encantar sua própria alma". É exatamente o que deveríamos fazer, sempre e sempre.
Para Gurdjieff, a música é a base de uma das leis fundamentais do universo a Lei de Sete ou Lei de Oitava. Segundo o guru russo, "o universo consiste de vibrações". (Os físicos diriam isso de outra forma: "A matéria ondula.")
Para o musicoterapeuta argentino Carlos Fregtman, pessoas que possuem equilíbrio rítmico algo que pode ser conseguido com parco treinamento, sem auxílio do professor têm também o corpo bem equilibrado, com o peso bem distribuído entre os pés. Ora, equilíbrio físico corresponde a equilíbrio psíquico, anímico etc., já que somos tudo isso ao mesmo tempo (dir-se-ia até que num uníssono, em glorioso refrão).
O lama tibetano Chögyam Trungpa disse: "Metade dos pré-julgamentos são carapaças. A outra metade são armas". Pense nisso antes de dizer coisas do tipo "não tenho afinação" ou "não tenho ritmo". Lance-se em algum exercício musical ou em alguma prática contínua, com ou sem professor. Descubra sua música interior e seja muito mais feliz.
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