O defeito de muitos livros de introdução à Filosofia é tratar o tema como uma sucessão de nomes gregos e alemães com idéias exóticas desconectadas uma das outras e desvinculadas do contexto da época. Sabemos que Sócrates tinha o irritante hábito de discordar de todos os seus interlocutores. Mas não aprendemos na escola a razão de esse comportamento ter sido tão inovador na Atenas no século V a.C. Muito menos que ele foi provocado pelos pensadores que vieram antes e que influenciou os nascidos depois.
O inglês Bryan Magee, um filósofo brilhante que descobriu que sua vocação é divulgar as idéias dos outros, preenche esse buraco em História da Filosofia. Belamente ilustrado, cheio de historinhas curiosas e fácil de entender, mas nem por isso simplificado demais, o livro mostra como a sucessão dos pensamentos humanos faz sentido. Sócrates chateava os atenienses porque os sábios tinham teorias que explicavam tudo, mas ninguém se preocupava em decidir qual delas era a verdadeira. Foi o método desenvolvido por ele, de questionar com critério até as coisas aparentemente mais óbvias, que acabou culminando na ciência moderna.
Magee mostra o quanto os conhecimentos de cada período, principalmente os científicos, determinam a forma de pensar do homem. Galileu Galilei (1564-1642), ao revelar que a Terra roda ao redor do Sol, e não o contrário, tornou os homens menos crédulos da idéia de que eram o centro do Universo e mais dispostos a questionar a autoridade eclesiástica.
Outro físico que mudou a cabeça da humanidade foi Albert Einstein (1879-1955). Ao contestar as noções consagradas por Isaac Newton (1642-1727) sobre tempo, espaço, velocidade e gravidade, Einstein acabou com a crença em verdades definitivas (como as que Sócrates buscava). De quebra, derrubou também a idéia de que a ciência é infalível. Não é à toa que esses e outros cientistas ganharam de Magee um lugar no panteão dos maiores filósofos da História.
O inglês Bryan Magee, um filósofo brilhante que descobriu que sua vocação é divulgar as idéias dos outros, preenche esse buraco em História da Filosofia. Belamente ilustrado, cheio de historinhas curiosas e fácil de entender, mas nem por isso simplificado demais, o livro mostra como a sucessão dos pensamentos humanos faz sentido. Sócrates chateava os atenienses porque os sábios tinham teorias que explicavam tudo, mas ninguém se preocupava em decidir qual delas era a verdadeira. Foi o método desenvolvido por ele, de questionar com critério até as coisas aparentemente mais óbvias, que acabou culminando na ciência moderna.
Magee mostra o quanto os conhecimentos de cada período, principalmente os científicos, determinam a forma de pensar do homem. Galileu Galilei (1564-1642), ao revelar que a Terra roda ao redor do Sol, e não o contrário, tornou os homens menos crédulos da idéia de que eram o centro do Universo e mais dispostos a questionar a autoridade eclesiástica.
Outro físico que mudou a cabeça da humanidade foi Albert Einstein (1879-1955). Ao contestar as noções consagradas por Isaac Newton (1642-1727) sobre tempo, espaço, velocidade e gravidade, Einstein acabou com a crença em verdades definitivas (como as que Sócrates buscava). De quebra, derrubou também a idéia de que a ciência é infalível. Não é à toa que esses e outros cientistas ganharam de Magee um lugar no panteão dos maiores filósofos da História.
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