O coral nada mais é que um pequeno animal marinho, que vive em colônias - geralmente em mares de temperatura mais amena, como nas regiões tropicais e subtropicais. Enquanto está vivo, esse organismo secreta à sua volta um esqueleto de carbonato de cálcio, substância extraída da água do mar. Após sua morte, novas colônias desenvolvem-se sobre essa estrutura rígida, formando, com o tempo, os paredões calcáreos que chamamos de recife. O processo todo demora, obviamente, milhares de anos.
"Existem três tipos de recifes de coral: franjas, barreiras e atóis", afirma a bióloga Flora Hadel, da Universidade de São Paulo (USP). Sua formação geralmente começa pelas praias, estendendo-se até 400 metros mar adentro. Nesse estágio inicial, eles são batizados de franjas. Já as barreiras surgem quando a erosão das praias afasta o recife da beira-mar. É o caso da mais famosa dessas formações, a Grande Barreira de Corais, na Austrália, com 2 000 quilômetros de extensão. O atol, por sua vez, é como um anel, formado quando essas barreiras circundam alguma ilha que, também devido à erosão, deixa de existir.
Os recifes de coral têm vital importância para a manutenção do equilíbrio biológico, por servirem de abrigo para uma enorme diversidade de espécies de peixes, algas, crustáceos e outras criaturas marinhas que vivem e se reproduzem sob sua proteção. Eles também estão entre os mais ameaçados pela elevação da temperatura da Terra, pois o aquecimento dos mares pode levá-los à extinção.
Franjas, barreiras e atóis
1. Os recifes de coral começam a se formar a partir da praia, estendendo-se mar adentro. Nesse estágio, são chamados de franjas
2. Com a erosão, a praia vai se afastando do recife, formando um canal entre eles. Aí então, a franja muda de nome, para barreira
3. A erosão pode fazer a ilha desaparecer por completo. Nesse caso, resta só o anel de recife em torno dela, que passa a ser conhecido como atol
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