Depois do torneio, todos os noves estádios públicos usados na Copa já devem estar entregues a empresas (veja no quadro). Os outros três estádios da Copa que já são privados --Itaquerão (São Paulo), Beira-Rio (Porto Alegre) e Arena da Baixada (Curitiba)-- também permanecerão independentes do Poder Público.
CONFIRA COMO ERA E COMO FICARÁ A ADMINISTRAÇÃO DE CADA ESTÁDIO
Estádio | Antes da Copa | Após a Copa |
Estádio Nacional Mané Garrincha (Brasília) | Governo do Distrito Federal (pública) | Administração será concedida a uma empresa privada por meio de licitação. |
Maracanã (Rio de Janeiro) | Governo do Rio de Janeiro (pública) | Administração será concedida a uma empresa privada por meio de licitação |
Arena Amazônia (Manaus) | Governo do Amazonas (pública) | Administração deve ser concedida a uma empresa privada |
Arena Pantanal (Cuiabá) | Governo do Mato Grosso (pública) | Administração deve ser concedida a uma empresa privada |
Mineirão (Belo Horizonte) | Governo de Minas Gerais (pública) | Consórcio responsável pela obra administrará estádio por 25 anos após reabertura |
Fonte Nova (Salvador) | Governo da Bahia (pública) | Consórcio responsável pela obra administrará estádio por 35 anos |
Castelão (Fortaleza) | Governo do Ceará (pública) | Consórcio responsável pela obra administrará estádio por 8 anos |
Arena das Dunas (Natal) | Prefeitura de Natal (pública) | Consórcio responsável pela obra administrará estádio por 20 anos |
Arena Pernambuco (Recife) | Estádio novo | Consórcio responsável pela obra administrará estádio por 33 anos |
Itaquerão (São Paulo) | Estádio novo | Administração será privada |
Beira-Rio (Porto Alegre) | Internacional (privada) | Administração permanecerá privada |
Arena da Baixada (Curitiba) | Atlético Paranaense (privada) | Administração permanecerá privada |
No que diz respeito só aos estádios públicos, a transferência da administração de quatro arenas já foi concretizada. Parcerias público-privadas (PPPs) feitas por governos estaduais para a reforma dos estádios da Fonte Nova (Salvador), Mineirão (Belo Horizonte), Castelão (Fortaleza) e Arena das Dunas (Natal) repassaram o controle desses estádios às empresas que atualmente estão os adaptando para o Mundial de 2014.
A Arena Pernambuco (Recife), que está sendo construída por meio de PPP, também será administrada pelo consórcio construtor. Neste caso, o acordo vale por 33 anos. Depois disso, assim como na PPP dos outros estádios, o controle poderá voltar ao Poder Público.
Além dessas cinco arenas, a privatização de outros dois estádios públicos já foi anunciada. Maracanã (Rio de Janeiro) e Estádio Nacional Mané Garrincha (Brasília) passarão por um processo de concessão ainda antes da Copa do Mundo.
No caso do Maracanã, o processo para concessão já foi iniciado. O governo do Rio de Janeiro avalia atualmente um projeto da empresa IMX, do bilionário Eike Batista, sobre como o estádio deve ser repassado a um administrador privado.
Já no caso do Estádio Nacional Mané Garrincha, a privatização foi anunciada mais recentemente e o processo para ela ainda não começou oficialmente. Mesmo assim, o governo do Distrito Federal pretende também repassar o controle da arena antes da Copa.
Na semana passada, inclusive, investidores estrangeiros, representantes da AEG Live, visitaram o Estádio Nacional acompanhados do governador Agnelo Queiroz.
Dos 12 estádios da Copa, os únicos dois cujos planos para o futuro ainda não foi anunciados são a Arena Amazônia (Manaus) e a Arena Pantanal (Cuiabá). As duas arenas também são públicas. Suas reformas estão sendo totalmente bancadas com dinheiro do governo.
Procurados pelo UOL, tanto o governo do Amazonas quanto o de Mato Grosso informaram que ainda não definiram completamente o que farão dos seus estádios. Eles já adiantaram, porém, que as arenas também devem aderir a onda de concessões e suas administrações passarão a ser privadas. Só não sabem ainda se isso será feito antes ou depois da Copa.
Comentários