O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ter certeza de que o leilão de frequências na tecnologia celular de quarta geração (5G) e para levar internet em banda larga móvel a áreas rurais, no próximo dia 12 de junho, será palco de uma “disputa muito dura” entre as empresas de telecomunicações.
De acordo com ele, a dúvida a respeito do interesse das companhias – apenas Oi e Tim confirmaram participação até o momento – se deve à estratégia delas em dar o menor número de pistas possível sobre suas intenções. “Apesar de o leilão estar marcado para o dia dos namorados, haverá uma disputa de tapas”, brincou Bernardo, após visitar a sede brasileira da rede social Facebook.
O ministro afirmou que a concorrência no leilão será grande, principalmente com relação aos lotes de alcance nacional. “Entre os nacionais, todos serão vendidos, porque haverá uma disputa muito dura”. Em relação aos lotes regionais, Bernardo abriu a possibilidade de que haja, até o leilão, novas empresas interessadas. Ele citou como exemplo a Sunrise, do milionário búlgaro George Soros. Serão ofertados 90 lotes no leilão do 5G entre nacionais e regionais.
O ministro falou ainda sobre os pedidos de impugnação feitos por Tim, Oi, Vivo, Claro e a sueca Ainmt (que controla a Net 1) ao edital do 4G. De acordo com ele, os pedidos se devem a questões pontuais, como a redução do valor de garantia por não cumprimento dos serviços, que consta no edital. “Se tiver reclamação procedente, certamente faremos alterações, mas elas serão poucas porque o leilão foi muito bem discutido”. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem até o dia 5 de junho para julgar os requerimentos das companhias.
Na avaliação de Bernardo, o 5G vai beneficiar a população brasileira à medida que os novos serviços desafogarem as redes 4G. “Parte dos usuários vai migrar para 5G e desafogar a banda 4G”, disse o ministro. De acordo com ele, o 5G vai oferecer velocidade de troca de dados dez vezes mais rápida que os serviços oferecidos hoje em 4G.
O contrato do vencedor do leilão será assinado em agosto para que o serviço esteja em operação em maio de 2021 nas cinco capitais que sediarão a Copa das Confederações.
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