O relógio da natureza
Se fosse para seguir os Vedas ao pé da letra, teríamos de nos aquietar como os passarinhos depois do pôr-do-sol. Mas como conseguir isso, se já tem luz elétrica na aldeia e a agenda tem mais compromissos do que horas do dia disponíveis?
A alternância de ação e repouso, proposta na rotina ayurvêdica, é um tremendo desafio, mais premente que nunca. Só muito recolhimento e muita meditação para fazer frente a esse tempo nervoso - um típico distúrbio coletivo do dosha Vata, na análise do médico Aderson Moreira da Rocha, presidente da Associação Brasileira de Ayurveda.
"Como tudo é cíclico, o que virá depois dessa loucura será um retorno aos hábitos simples", afirma a professora Márcia De Luca. Segundo ela, quem não aprender a se aquietar vai sucumbir. "O futuro pede intuição, criatividade, competências desenvolvidas no silêncio, na meditação, de dentro para fora. Já nos afastamos demais de nós e da natureza. Toda doença é saudade do lar."
Muito além da saúde, essa volta para casa promete felicidade mesmo, acesso pleno ao poder sem tamanho do universo. O caminho, invariavelmente, é o do autoconhecimento, esse "remediozinho ayurvêdico" sem contra-indicação nem prazo de validade, que vem sendo receitado há uns cinco mil anos.
vata - O humor do movimento
Vata governa a circulação, a respiração, o fluxo de idéias, sentimentos e pensamentos. A pessoa é agitada, magra, com estrutura física leve e organismo seco. Tem olhos pequenos e lábios finos.
Sente muito frio e odeia vento. Os passos são rápidos. É tagarela e não escuta os outros. É instável no apetite, no sexo e no humor. Em desequilíbrio, é ansiosa e sofre de insônia. Em equilíbrio é entusiasmada, muito criativa, ágil e comunicativa.
Vata se desequilibra no outono e deve evitar agitação.
kapha - O humor da estabilidade
Kapha governa a estrutura corporal.
A pessoa tem constituição pesada, ombros e quadris largos. Tem tendência a engordar e, às vezes, é atarracada. A pele, os olhos e os cabelos são bonitos, lubrificados.
Os lábios, grossos. A digestão é lenta e as ações idem. Apresenta letargia matinal, tende à depressão e é sensível à umidade e ao frio. No amor e no sexo é constante e sensual. Em equilíbrio, é diplomática, amorosa e tolerante - finalmente, um dosha que sabe ouvir. Em desequilíbrio, é preguiçosa, pessimista e apegada ao passado. Kapha se desequilibra no inverno e deve evitar buscar conforto emocional na comida.
pitta - O humor do fogo
Pitta rege o metabolismo, as transformações químicas do corpo, a fome, a sede, a energia e a temperatura corporal. A pessoa tem estrutura média, não é gorda nem magra.
A pele é clara e quase sempre com sardas. Tem muito apetite, é sensível ao calor e transpira demais. Extrapola na comida (mas não engorda), no sexo e no trabalho. Fala menos que Vata, mas também não escuta o outro, porque se sente superior.
Em desequilíbrio, tem temperamento inflamado: julga e critica, é intolerante e irritada. Em equilíbrio é perfeccionista e determinada. Pitta se desequilibra no verão e não pode abusar do sol.
Se fosse para seguir os Vedas ao pé da letra, teríamos de nos aquietar como os passarinhos depois do pôr-do-sol. Mas como conseguir isso, se já tem luz elétrica na aldeia e a agenda tem mais compromissos do que horas do dia disponíveis?
A alternância de ação e repouso, proposta na rotina ayurvêdica, é um tremendo desafio, mais premente que nunca. Só muito recolhimento e muita meditação para fazer frente a esse tempo nervoso - um típico distúrbio coletivo do dosha Vata, na análise do médico Aderson Moreira da Rocha, presidente da Associação Brasileira de Ayurveda.
"Como tudo é cíclico, o que virá depois dessa loucura será um retorno aos hábitos simples", afirma a professora Márcia De Luca. Segundo ela, quem não aprender a se aquietar vai sucumbir. "O futuro pede intuição, criatividade, competências desenvolvidas no silêncio, na meditação, de dentro para fora. Já nos afastamos demais de nós e da natureza. Toda doença é saudade do lar."
Muito além da saúde, essa volta para casa promete felicidade mesmo, acesso pleno ao poder sem tamanho do universo. O caminho, invariavelmente, é o do autoconhecimento, esse "remediozinho ayurvêdico" sem contra-indicação nem prazo de validade, que vem sendo receitado há uns cinco mil anos.
vata - O humor do movimento
Vata governa a circulação, a respiração, o fluxo de idéias, sentimentos e pensamentos. A pessoa é agitada, magra, com estrutura física leve e organismo seco. Tem olhos pequenos e lábios finos.
Sente muito frio e odeia vento. Os passos são rápidos. É tagarela e não escuta os outros. É instável no apetite, no sexo e no humor. Em desequilíbrio, é ansiosa e sofre de insônia. Em equilíbrio é entusiasmada, muito criativa, ágil e comunicativa.
Vata se desequilibra no outono e deve evitar agitação.
kapha - O humor da estabilidade
Kapha governa a estrutura corporal.
A pessoa tem constituição pesada, ombros e quadris largos. Tem tendência a engordar e, às vezes, é atarracada. A pele, os olhos e os cabelos são bonitos, lubrificados.
Os lábios, grossos. A digestão é lenta e as ações idem. Apresenta letargia matinal, tende à depressão e é sensível à umidade e ao frio. No amor e no sexo é constante e sensual. Em equilíbrio, é diplomática, amorosa e tolerante - finalmente, um dosha que sabe ouvir. Em desequilíbrio, é preguiçosa, pessimista e apegada ao passado. Kapha se desequilibra no inverno e deve evitar buscar conforto emocional na comida.
pitta - O humor do fogo
Pitta rege o metabolismo, as transformações químicas do corpo, a fome, a sede, a energia e a temperatura corporal. A pessoa tem estrutura média, não é gorda nem magra.
A pele é clara e quase sempre com sardas. Tem muito apetite, é sensível ao calor e transpira demais. Extrapola na comida (mas não engorda), no sexo e no trabalho. Fala menos que Vata, mas também não escuta o outro, porque se sente superior.
Em desequilíbrio, tem temperamento inflamado: julga e critica, é intolerante e irritada. Em equilíbrio é perfeccionista e determinada. Pitta se desequilibra no verão e não pode abusar do sol.
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