O nome é áspero ao ouvido ocidental, a teoria é vasta e a embalagem, exótica. Mas a ayurveda, ou "ciência da vida", é simples. Tem um pouco dela nos hábitos da roça, nos conselhos das mães e em toda cura baseada na observação da natureza, como a praticada pelos índios.
Antigüidade não é selo de qualidade. O que fascina na medicina indiana não é tanto a origem milenar mas a facilidade de se renovar e adaptar a culturas e épocas. Sua força não está no passado, tem a ver com o presente. Hoje, a ayurveda é a segunda razão que leva turistas à Índia (a primeira é a busca religiosa). Na Europa e nos Estados Unidos, há um mercado forte de remédios, temperos e cosméticos dessa linha terapêutica.
Por aqui, a despeito de termos 80% das plantas usadas na Índia, a ayurveda ainda é coisa de spa de luxo e clínica de beleza. E é pena que um método preventivo e barato fique restrito à elite e à estética, quando até a Organização Mundial de Saúde o recomenda aos países pobres.
O rejuvenescimento é só o efeito mais vistoso de um sistema completo, que trata corpo, mente e espírito. De início, a teoria diz o óbvio: somos parte da natureza, devemos nos alinhar a ela para viver mais e melhor. Saúde pede integração. E conhecimento.
A cartilha ayurvêdica classifica de "ignorância" a aceitação do mundo físico como única realidade. Nosso corpo (e toda a Criação) seria a manifestação restrita e transitória de uma consciência maior. A matéria é tida apenas como uma espécie de ilusão. Essa concepção vem dos Vedas, os velhos textos hindus que nos mandam levantar o véu de "maya" (ilusão), ou seja, ver a essência por trás da aparência.
Por aqui essa história pode soar religiosa demais, mas graças a Deus o médico indiano Deepak Chopra já adaptou a coisa toda à mentalidade ocidental. Usando conceitos da física de ponta, ele mostrou que a ayurveda não faz mágica quando altera a matéria alterando a energia, já que esta vem antes daquela. "O corpo físico é um rio de átomos, a mente é um rio de pensamentos e o que os mantém unidos é um rio de inteligência", escreveu ele no livro O Caminho da Cura (Editora Rocco).
Entrando no fluxo
Chopra gosta de dar o exemplo dos ossos, que, apesar da aparente solidez, se renovam a cada três meses, célula por célula. É mais que um exemplo, é um alento para quem quer transformação. Parece tarefa hercúlea mudar o corpo, o estado de espírito, a vida? A ayurveda diz assim: olha como tudo muda o tempo todo no universo; aproveite, entre no fluxo, seja o universo e mude você também.
É essa "genial simplicidade" que torna a tradição tão atual, nas palavras do médico ayurvêdico Danilo Maciel Carneiro: "A física quântica já mostra que matéria e energia são uma coisa só". É a ciência atravessando o véu de maya.
A consciência que move o mundo, na visão ayurvêdica, se manifesta por meio de Espaço, Ar, Fogo, Água e Terra. A "matéria-prima" é sempre essa, mas reunida de formas diferentes, o que resulta na diversidade que vemos.
Comprar essa idéia é meio como assumir a responsabilidade pelo cosmo, porque se você e eu e tudo o mais somos os cinco elementos, estamos conectados para o bem e para o mal, sujeitos às mesmas forças.
Cada ação individual pode gerar saúde ou desequilíbrio, para o indivíduo e a humanidade inteira. "Um pensamento negativo aqui causa um ato violento lá na China", afirma a consultora de ayurveda Márcia De Luca, autora do livro A Idade do Poder (Tornado Editorial).
Antigüidade não é selo de qualidade. O que fascina na medicina indiana não é tanto a origem milenar mas a facilidade de se renovar e adaptar a culturas e épocas. Sua força não está no passado, tem a ver com o presente. Hoje, a ayurveda é a segunda razão que leva turistas à Índia (a primeira é a busca religiosa). Na Europa e nos Estados Unidos, há um mercado forte de remédios, temperos e cosméticos dessa linha terapêutica.
Por aqui, a despeito de termos 80% das plantas usadas na Índia, a ayurveda ainda é coisa de spa de luxo e clínica de beleza. E é pena que um método preventivo e barato fique restrito à elite e à estética, quando até a Organização Mundial de Saúde o recomenda aos países pobres.
O rejuvenescimento é só o efeito mais vistoso de um sistema completo, que trata corpo, mente e espírito. De início, a teoria diz o óbvio: somos parte da natureza, devemos nos alinhar a ela para viver mais e melhor. Saúde pede integração. E conhecimento.
A cartilha ayurvêdica classifica de "ignorância" a aceitação do mundo físico como única realidade. Nosso corpo (e toda a Criação) seria a manifestação restrita e transitória de uma consciência maior. A matéria é tida apenas como uma espécie de ilusão. Essa concepção vem dos Vedas, os velhos textos hindus que nos mandam levantar o véu de "maya" (ilusão), ou seja, ver a essência por trás da aparência.
Por aqui essa história pode soar religiosa demais, mas graças a Deus o médico indiano Deepak Chopra já adaptou a coisa toda à mentalidade ocidental. Usando conceitos da física de ponta, ele mostrou que a ayurveda não faz mágica quando altera a matéria alterando a energia, já que esta vem antes daquela. "O corpo físico é um rio de átomos, a mente é um rio de pensamentos e o que os mantém unidos é um rio de inteligência", escreveu ele no livro O Caminho da Cura (Editora Rocco).
Entrando no fluxo
Chopra gosta de dar o exemplo dos ossos, que, apesar da aparente solidez, se renovam a cada três meses, célula por célula. É mais que um exemplo, é um alento para quem quer transformação. Parece tarefa hercúlea mudar o corpo, o estado de espírito, a vida? A ayurveda diz assim: olha como tudo muda o tempo todo no universo; aproveite, entre no fluxo, seja o universo e mude você também.
É essa "genial simplicidade" que torna a tradição tão atual, nas palavras do médico ayurvêdico Danilo Maciel Carneiro: "A física quântica já mostra que matéria e energia são uma coisa só". É a ciência atravessando o véu de maya.
A consciência que move o mundo, na visão ayurvêdica, se manifesta por meio de Espaço, Ar, Fogo, Água e Terra. A "matéria-prima" é sempre essa, mas reunida de formas diferentes, o que resulta na diversidade que vemos.
Comprar essa idéia é meio como assumir a responsabilidade pelo cosmo, porque se você e eu e tudo o mais somos os cinco elementos, estamos conectados para o bem e para o mal, sujeitos às mesmas forças.
Cada ação individual pode gerar saúde ou desequilíbrio, para o indivíduo e a humanidade inteira. "Um pensamento negativo aqui causa um ato violento lá na China", afirma a consultora de ayurveda Márcia De Luca, autora do livro A Idade do Poder (Tornado Editorial).
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