A partir de hoje, a sua conta de telefone pode ficar mais barata. Só depende de você e de uma série de programas de computador. Talvez pareça estranho, mas a internet, até então famosa por aumentar as contas de telefone de quem fica muito tempo online, está levando milhões de pessoas em todo o mundo a fazer ligações quase de graça. E não é só isso: em breve, ela pode revolucionar a forma como usamos o telefone, o computador e até a televisão.
É o novo mundo da telefonia via internet ou VoIP, sigla em inglês para "voz sobre protocolo de internet". São softwares que convertem a voz em pacotes de dados que são enviados pela rede à qualquer parte do mundo. A tecnologia existe há mais de uma década, mas só no último ano amadureceu a ponto de oferecer uma boa qualidade de som e de ser fácil de usar. A resposta do público tem sido rápida: o software mais popular de VoIP, o Skype, ganha 155 mil adeptos a cada dia e já reúne 290 milhões de usuários no mundo 4 milhões deles no Brasil, segundo o Ibope. Até grandes provedores de internet americanos já começam a oferecer serviços parecidos.
Entrar nessa onda não é difícil: basta ter uma conexão com a web, microfone, caixas de som e um programa que faça ligações. Enquanto os telefones comuns precisam transformar sua voz em impulsos elétricos e encaminhá-la por várias centrais até achar o destinatário, o VoIP faz uma ligação como se ela fosse um e-mail. A principal vantagem é o preço. Uma chamada de dez minutos para Tóquio, que custaria cerca de 19 reais no telefone comum, sai de graça na internet se as duas pessoas tiverem o mesmo programa. Se não, elas ainda podem fazer ligações para telefones comuns ao custo de alguns centavos por minuto, não importa o lugar do mundo para onde se está ligando.
O sucesso da tecnologia tem aberto novas portas. Já existem um adaptador (chamado ATA), que conecta um aparelho comum à internet ou a uma rede local especialmente para fazer ligações. Também já estão à venda telefones desenvolvidos exclusivamente para ligações por internet. A única diferença é que, em vez daquela tomada quadradinha, eles possuem uma tomada de rede, que os liga diretamente à web. E, nos próximos anos, pode esperar celulares e até televisores prontos para conversas por internet.
Muda tudo
Junte um telefone e um computador e você terá um monte de recursos legais. Alguns dos sistemas, por exemplo, enviam por e-mail as mensagens de voz que chegam à sua caixa postal. Em breve, você poderá anexar arquivos a ligações telefônicas, da mesma forma como fazemos hoje com o correio eletrônico. Também vai dar para unir voz e dados para facilitar a hora de fazer pedidos ou preencher formulários em pizzarias, hospitais e órgãos governamentais. Isso sem falar em jogos online que combinem conversas e imagens.
É provável que, em breve, outro fator entre na brincadeira: a televisão. Se algumas operadoras de TV a cabo já oferecem serviços de internet, por que não incluir o telefone no pacote? Dessa união pode sair, por exemplo, a possibilidade de fazer videoconferências pela televisão ou pelo computador algo que já existe há algum tempo, mas ainda se restringe a algumas salas de bate-papo com vídeo na internet. Além disso, se o telefone tocasse no meio da novela, uma mensagem na TV poderia dar o número da pessoa que está chamando.
O passo seguinte será entrar no mercado de telefonia celular. Já existem alguns lugares públicos nas grandes cidades onde é possível acessar a internet por meio de ondas de rádio e a tendência é que, nos próximos anos, a cobertura desse tipo de serviço aumente. Na Filadélfia, Estados Unidos, a prefeitura espera implantar já nas próximas semanas uma rede sem-fio que cobrirá os 350 quilômetros quadrados da cidade. Em toda essa região, qualquer um poderá acessar a internet de graça. Basta então um telefone sem-fio equipado com VoIP para ligar de forma barata em qualquer canto da cidade.
Mas existem riscos. Por ser uma tecnologia ainda pouco estudada, ninguém sabe muito bem o quanto ela é vulnerável a ataques. O telefone poderia ser usado para espalhar vírus, por exemplo, ou como porta de entrada para os sistemas eletrônicos de empresas. E quanto mais pessoas em mais lugares usarem a nova tecnologia, maiores serão os prejuízos no caso de um ataque em massa. Esse medo tem levado a grandes investimentos para melhorar a tecnologia e tem aumentado bastante as polêmicas, que já não eram poucas.
É o novo mundo da telefonia via internet ou VoIP, sigla em inglês para "voz sobre protocolo de internet". São softwares que convertem a voz em pacotes de dados que são enviados pela rede à qualquer parte do mundo. A tecnologia existe há mais de uma década, mas só no último ano amadureceu a ponto de oferecer uma boa qualidade de som e de ser fácil de usar. A resposta do público tem sido rápida: o software mais popular de VoIP, o Skype, ganha 155 mil adeptos a cada dia e já reúne 290 milhões de usuários no mundo 4 milhões deles no Brasil, segundo o Ibope. Até grandes provedores de internet americanos já começam a oferecer serviços parecidos.
Entrar nessa onda não é difícil: basta ter uma conexão com a web, microfone, caixas de som e um programa que faça ligações. Enquanto os telefones comuns precisam transformar sua voz em impulsos elétricos e encaminhá-la por várias centrais até achar o destinatário, o VoIP faz uma ligação como se ela fosse um e-mail. A principal vantagem é o preço. Uma chamada de dez minutos para Tóquio, que custaria cerca de 19 reais no telefone comum, sai de graça na internet se as duas pessoas tiverem o mesmo programa. Se não, elas ainda podem fazer ligações para telefones comuns ao custo de alguns centavos por minuto, não importa o lugar do mundo para onde se está ligando.
O sucesso da tecnologia tem aberto novas portas. Já existem um adaptador (chamado ATA), que conecta um aparelho comum à internet ou a uma rede local especialmente para fazer ligações. Também já estão à venda telefones desenvolvidos exclusivamente para ligações por internet. A única diferença é que, em vez daquela tomada quadradinha, eles possuem uma tomada de rede, que os liga diretamente à web. E, nos próximos anos, pode esperar celulares e até televisores prontos para conversas por internet.
Muda tudo
Junte um telefone e um computador e você terá um monte de recursos legais. Alguns dos sistemas, por exemplo, enviam por e-mail as mensagens de voz que chegam à sua caixa postal. Em breve, você poderá anexar arquivos a ligações telefônicas, da mesma forma como fazemos hoje com o correio eletrônico. Também vai dar para unir voz e dados para facilitar a hora de fazer pedidos ou preencher formulários em pizzarias, hospitais e órgãos governamentais. Isso sem falar em jogos online que combinem conversas e imagens.
É provável que, em breve, outro fator entre na brincadeira: a televisão. Se algumas operadoras de TV a cabo já oferecem serviços de internet, por que não incluir o telefone no pacote? Dessa união pode sair, por exemplo, a possibilidade de fazer videoconferências pela televisão ou pelo computador algo que já existe há algum tempo, mas ainda se restringe a algumas salas de bate-papo com vídeo na internet. Além disso, se o telefone tocasse no meio da novela, uma mensagem na TV poderia dar o número da pessoa que está chamando.
O passo seguinte será entrar no mercado de telefonia celular. Já existem alguns lugares públicos nas grandes cidades onde é possível acessar a internet por meio de ondas de rádio e a tendência é que, nos próximos anos, a cobertura desse tipo de serviço aumente. Na Filadélfia, Estados Unidos, a prefeitura espera implantar já nas próximas semanas uma rede sem-fio que cobrirá os 350 quilômetros quadrados da cidade. Em toda essa região, qualquer um poderá acessar a internet de graça. Basta então um telefone sem-fio equipado com VoIP para ligar de forma barata em qualquer canto da cidade.
Mas existem riscos. Por ser uma tecnologia ainda pouco estudada, ninguém sabe muito bem o quanto ela é vulnerável a ataques. O telefone poderia ser usado para espalhar vírus, por exemplo, ou como porta de entrada para os sistemas eletrônicos de empresas. E quanto mais pessoas em mais lugares usarem a nova tecnologia, maiores serão os prejuízos no caso de um ataque em massa. Esse medo tem levado a grandes investimentos para melhorar a tecnologia e tem aumentado bastante as polêmicas, que já não eram poucas.
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