Mesmo a cidade do Rio de Janeiro (fundada em 1565, mas hoje com funções mais diferenciadas e modernas) conserva um quadrilátero histórico no seu centro, ocupado por ruas estreitas mas retas que vão da Praça 15 ao Campo de Santana.
À medida que o litoral foi sendo ocupado e o interior vasculhado por bandeirantes e sesmeiros que fincaram seus currais para criarem gado, surgiram novos arraiais e vilas que hoje são consideradas históricas. Ainda no sertão do nordeste temos Caxias, antiga Aldeias Altas (empório do algodão e eixo obrigatório de comunicação entre o nordeste litorâneo e a Amazônia); Icó, no interior do Ceará, e Oeiras, antiga Vila do Moxa, no Piauí, todas marcos de penetração dos criadores de gado. Embora mais simples, com construções menos imponentes, essas cidades do sertão guardam o aspecto primitivo que testemunha a época em que foram construídas. Ao circundar a grande Praça da Matriz, estão o Fórum e a Cadeia e Câmara, os "sobrados" dos homens ricos e, mais distantes, as grandes fazendas de algodão e gado.
No extremo oeste, no norte e na região sul, algumas cidades históricas foram marcos da expansão portuguesa, estruturadas a partir de um forte militar para servirem de símbolos de um poder real distante, como foi caso de Óbidos, na região onde o rio Amazonas é mais estreito, que conserva seu casario colonial junto ao forte de Pauxis (de 1697) e ruínas da fortaleza de Gurjão; a cidade de Tabatinga, na fronteira oeste do rio Amazonas, surgida com o forte de São Francisco Xavier da Tabatinga, ou Guajara-mirim com o Forte Príncipe da Beira, junto à fronteira atual com a Bolívia (o forte está hoje na Reserva Biológica do Guaporé) e, no extremo sul, a cidade do Rio Grande, fundada em 1696 por casais açorianos, onde se conserva um belo casario antigo.
Na região sudeste se destaca a cidade de Parati, no sul do estado do Rio de Janeiro, porto fundado no século XVI por onde entravam escravos africanos e saíam os produtos coloniais, primeiro, e depois o ouro de Minas, época em que a cidade alcançou seu maior esplendor. A abertura do chamado "caminho novo", em 1725, retirou esse produtivo comércio do seu cais, e a proibição do tráfico de escravos, em meados do século XIX, lhe deu o golpe definitivo ao eliminar sua mais lucrativa atividade marítima. A cidade permaneceu isolada das principais rotas comerciais marítimas ou terrestres até a década de 1960, quando a abertura da estrada Rio-Santos a integrou aos circuitos turísticos. Esse período de isolamento, no entanto, permitiu que se conservasse a bela arquitetura colonial que caracteriza o bairro antigo da cidade.
Outro caso particular, se bem menos antigo, é o da cidade de Vassouras, no vale do rio Paraíba do Sul, testemunha da riqueza gerada no século XIX pelas plantações de café da região. As casas grandes das fazendas e as residências urbanas dos barões do café são exemplos bem conservados da arquitetura ostentosa mas severa que caracterizou o ciclo cafeeiro.
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À medida que o litoral foi sendo ocupado e o interior vasculhado por bandeirantes e sesmeiros que fincaram seus currais para criarem gado, surgiram novos arraiais e vilas que hoje são consideradas históricas. Ainda no sertão do nordeste temos Caxias, antiga Aldeias Altas (empório do algodão e eixo obrigatório de comunicação entre o nordeste litorâneo e a Amazônia); Icó, no interior do Ceará, e Oeiras, antiga Vila do Moxa, no Piauí, todas marcos de penetração dos criadores de gado. Embora mais simples, com construções menos imponentes, essas cidades do sertão guardam o aspecto primitivo que testemunha a época em que foram construídas. Ao circundar a grande Praça da Matriz, estão o Fórum e a Cadeia e Câmara, os "sobrados" dos homens ricos e, mais distantes, as grandes fazendas de algodão e gado.
No extremo oeste, no norte e na região sul, algumas cidades históricas foram marcos da expansão portuguesa, estruturadas a partir de um forte militar para servirem de símbolos de um poder real distante, como foi caso de Óbidos, na região onde o rio Amazonas é mais estreito, que conserva seu casario colonial junto ao forte de Pauxis (de 1697) e ruínas da fortaleza de Gurjão; a cidade de Tabatinga, na fronteira oeste do rio Amazonas, surgida com o forte de São Francisco Xavier da Tabatinga, ou Guajara-mirim com o Forte Príncipe da Beira, junto à fronteira atual com a Bolívia (o forte está hoje na Reserva Biológica do Guaporé) e, no extremo sul, a cidade do Rio Grande, fundada em 1696 por casais açorianos, onde se conserva um belo casario antigo.
Na região sudeste se destaca a cidade de Parati, no sul do estado do Rio de Janeiro, porto fundado no século XVI por onde entravam escravos africanos e saíam os produtos coloniais, primeiro, e depois o ouro de Minas, época em que a cidade alcançou seu maior esplendor. A abertura do chamado "caminho novo", em 1725, retirou esse produtivo comércio do seu cais, e a proibição do tráfico de escravos, em meados do século XIX, lhe deu o golpe definitivo ao eliminar sua mais lucrativa atividade marítima. A cidade permaneceu isolada das principais rotas comerciais marítimas ou terrestres até a década de 1960, quando a abertura da estrada Rio-Santos a integrou aos circuitos turísticos. Esse período de isolamento, no entanto, permitiu que se conservasse a bela arquitetura colonial que caracteriza o bairro antigo da cidade.
Outro caso particular, se bem menos antigo, é o da cidade de Vassouras, no vale do rio Paraíba do Sul, testemunha da riqueza gerada no século XIX pelas plantações de café da região. As casas grandes das fazendas e as residências urbanas dos barões do café são exemplos bem conservados da arquitetura ostentosa mas severa que caracterizou o ciclo cafeeiro.
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