O argumento do diretor da Toyota está relacionado à inclusão do próprio relator Eduardo Braga, no dia anterior à votação em plenário, de montadoras que produzem veículos à combustão entre as beneficiárias dos incentivos. Na prática, foram renovados os benefícios fiscais recebidos pela fábrica da Stellantis em Pernambuco - grupo que detém cerca de 30% do mercado brasileiro de automóveis novos.
"Esses incentivos representam cerca de 20% de vantagem para quem produz no Nordeste, o que se traduz em uma redução de preços para o consumidor. Se o texto for aprovado na Câmara dos Deputados, será mantido o cenário que temos hoje, um benefício que prejudica empresas que estão nas outras regiões do país. Esperamos que isso não aconteça", argumenta o executivo na Toyota.
Segundo ele, a Toyota vai continuar a interlocução com atores do Congresso Nacional para apontar argumentos para que o texto seja modificado na Câmara dos Deputados.
Imposto de importação para carros elétricos
Outro tema polêmico tem causado divisão de opinião entre as montadoras: a volta do imposto de importação para carros elétricos. Sobre esse assunto, a posição da Toyota é clara: a empresa acredita que é hora de todas as outras produzirem eletrificados no Brasil, como ela própria faz modelos híbridos flex.
De acordo com decisão do Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a partir de janeiro de 2024, carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in produzidos fora do país voltarão a pagar imposto de importação, zerado desde 2015. As alíquotas retornarão gradualmente ao patamar de 35% até julho de 2026.
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