Na literatura brasileira, eu me coloco na linhagem de José de Alencar, Sílvio Romero, Euclides da Cunha (lá vai o cuidado para não omitir gente), Jorge Amado (da parte picaresca), José Lins do Rêgo, Adonias Filho, José Cândido de Carvalho, Érico Veríssimo, Guimarães Rosa. É essa a minha linhagem. Não estou dizendo com isso que sou escritor tão grande quanto esses aí. É apenas uma questão de parentesco. Nem estou examinando com isso a minha obra, está entendendo? Porque aí eu tenho uma visão crítica sobre meu trabalho. Agora, o que pode haver é se eu falar mal do homem sertanejo, se eu falar com má qualidade literária, então eu não toco nem o homem sertanejo, não vou atingir nem o homem sertanejo, entende? Agora, se eu falar bem, com eficácia, se eu conseguir expressar o conflito do homem sertanejo, ou mais particularmente de um homem sertanejo, que sou eu, aí eu vou falar a todo homem, porque o homem é o mesmo em todo canto, está entendendo? Você veja o seguinte: Tolstói, o grande russ...