Ganzfeld
A pesquisa científica de maior credibilidade sobre paranormalidade é um estudo de telepatia chamado ganzfeld, uma palavra alemã que significa "campo total". O Ganzfeld é um método inventado por psicólogos para padronizar os estímulos audiovisuais de uma pessoa. Os parapsicólogos adotaram-no por acreditar que a percepção extra-sensorial fica normalmente embotada pelos estímulos do cotidiano. Com os estímulos audiovisuais padronizados, a pessoa ficaria mais atenta à sua percepção extra-sensorial.
No Ganzfeld, a pessoa fica deitada em uma cadeira reclinável confortável, com fones de ouvido. Sobre cada olho, meia bola de pingue-pongue. Os fones tocam chiado, considerado um som neutro. E sobre as bolinhas de pingue-pongue é emitida uma luz vermelha, de forma que, se a pessoa abre os olhos, ela só vê uma luz difusa vermelha. Para garantir que a pessoa não pode se comunicar por telefone ou rádio com o exterior, as salas de Ganzfeld são à prova de som e blindadas contra ondas eletromagnéticas.
O teste funciona assim: um computador seleciona aleatoriamente um jogo de quatro imagens de um banco de dados contendo dezenas delas. Dessas quatro imagens, a máquina escolhe uma. Essa imagem é que será transmitida telepaticamente. O teste envolve duas pessoas: o emissor, que fica em uma sala, em frente a um computador, e o receptor, que fica em outra sala, em estado de Ganzfeld. Durante a sessão, o "receptor" descreve em voz alta todas as imagens que sua imaginação produz. Sua descrição é transmitida para o emissor, como estímulo para que ele se concentre na tarefa. Ao final da sessão, que dura 30 minutos, um computador exibe as quatro imagens selecionadas para o receptor. Sua tarefa é dizer qual das imagens mais se assemelha com o que ele imaginou. Se ele indicar a imagem certa, um acerto direto é computado. Todos os testes são gravados, para o caso de alguém querer conferir.
Em 1994, o parapsicólogo Charles Honorton, hoje falecido, e Daryl Bem, psicólogo da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, fizeram uma meta-análise combinando vários estudos de Ganzfeld realizados entre 1983 e 1989. O resultado, publicado em um prestigiado jornal de psicologia, chamou a atenção pela consistência dos números: de 355 sessões em que uma pessoa tentou acertar a imagem certa, em 122 a resposta foi correta, uma taxa de 34,4% de acerto. A princípio, isso parece pouco, mas a chance de isso ocorrer por acaso é de uma em 20 mil vezes. Para muita gente, isso equivalia a uma prova da existência do fenômeno psi. Como a metodologia descrita por eles era rigorosa, lapidada em anos de debates com céticos, parecia que, finalmente, havia sido descoberta uma receita para repetir o fenômeno psi.
Ray Hyman, o cético da Universidade de Oregon, disse que os resultados eram "intrigantes" e que, se os resultados pudessem ser repetidos em outros laboratórios, a parapsicologia teria feito seu début na ciência. Entre 1994 e 1997, outros seis laboratórios fizeram testes de Ganzfeld. Todos eles tiveram resultados acima da chance, mas em quatro deles a margem de erro incluía a possibilidade de acaso.
Só que a vitória durou pouco. Como já foi dito, a ciência é um jogo que nunca acaba e, em 1996, dois pesquisadores publicaram uma nova meta-análise, incluindo 30 estudos de Ganzfeld que não haviam sido incluídos na revisão anterior. Com esses estudos, a taxa de acerto voltava ao que era esperado por acaso. Bem e Honorton responderam sustentando sua metodologia, mas a polêmica se estendeu em réplicas e tréplicas de cunho técnico, e a prova inequívoca que a parapsicologia buscava se perdeu no caminho. Novos estudos foram feitos e o placar atual, segundo Robert Morris, é de um efeito significativo de 30%. "É fraco, mas é consistente", diz ele. E tem 95% de confiança."
Telecinese
Os pesquisadores também testam em laboratório se a mente consegue influenciar a matéria sem utilizar nenhum meio físico conhecido. Esse poder, que aparece com freqüência no cinema, é conhecido como telecinese. Nas experiências em laboratório, no entanto, ninguém tenta mover grandes objetos com o pensamento. Os parapsicólogos acham que mover um objeto parado seria muito difícil. Em vez disso, foi desenvolvido um teste sobre uma máquina que já se move. A idéia é afetar esse movimento. O equipamento utilizado é um gerador de números aleatórios (GNA), um nome dado a vários tipos de aparelhos que funcionam como máquinas de sorteio. Só que essas máquinas produzem apenas dois resultados: 0 ou 1, em uma seqüência aleatória. Em geral, espera-se que, ao final de uma série, o número de zero e um seja igual.
Esse teste foi desenvolvido pelo físico Robert Jahn, ex-diretor da Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade de Princeton, Estados Unidos. Jahn é uma autoridade em engenharia aeroespacial e foi colaborador da Nasa, a agência espacial americana. Hoje, dirige o projeto de Pesquisa de Anomalias em Engenharia de Princeton.
A experiência criada por Jahn consiste simplesmente em um operador tentando influenciar um GNA. Em alguns testes, ele deve tentar fazer a máquina produzir mais 0 que 1. Em outros, o contrário. E, em outros, o operador deve tentar não influenciar o gerador. A experiência dura alguns minutos. Quando acaba, os pesquisadores comparam os números obtidos e a intenção do operador. Se houve um desequilíbrio entre os números no sentido desejado e se esse desequilíbrio estiver fora da margem de erro do próprio aparelho, o resultado é considerado anômalo, ou seja, ocorreu alguma coisa anormal. Para fazer um controle, os pesquisadores comparam os resultados com os números de outro GNA que não foi utilizado na pesquisa.
Em 1989, o engenheiro elétrico e parapsicólogo Dean Radin e o psicólogo Roger Nelson publicaram uma meta-análise dos experimentos com GNA. Foram analisados 832 estudos de 1959 a 1987, de 68 pesquisadores diferentes. Para quem não é do ramo, o resultado foi decepcionante: o índice de acerto foi de 51%, onde 50% era esperado por acaso. Mas os cientistas comemoraram. Devido ao número enorme de sessões, a consistência do resultado foi estratosférica. A chance de esse resultado aparecer por acaso é de uma em um trilhão. Para se ter uma idéia, nos aparelhos monitorados para controle, sem um operador tentando influenciá-los, os resultados foram muito próximos da probabilidade normal: a chance foi de dois para um. Detalhe: em alguns casos, o operador procurava influenciar o equipamento no futuro, ou seja, a máquina só seria monitorada horas depois. Segundo os pesquisadores, a estrutura e o efeito observados nesses casos assemelhou-se aos dos demais.
Os resultados foram bombardeados. Em 1990, o físico Philip W. Anderson, ganhador do Nobel, criticou o método estatístico utilizado nos estudos, o que gerou uma polêmica em que outros laureados cientistas saíram em defesa dos dois lados da contenda. A questão continua sem consenso.
Se a atenção de uma pessoa pode afetar a matéria, a atenção de várias deveria afetar ainda mais. Baseado nessa hipótese, Roger Nelson e Dean Radin verificaram o comportamento de geradores de números aleatórios durante eventos que atraíam grande atenção. A hipótese é que, quando várias pessoas prestam atenção a um mesmo evento, elas criam uma ressonância que afeta a matéria e que poderia ser detectada em um gerador de números. Em 1995 e 1996, Radin examinou esse efeito em oito eventos: um workshop sobre crescimento pessoal, com 12 participantes; duas premiações do Oscar, que foram vistas, cada uma, por um bilhão de espectadores; um show em um cassino de Las Vegas, com 40 espectadores; o julgamento do jogador de futebol americano O.J. Simpson, acusado de matar a mulher, que foi visto por 500 milhões de pessoas; o horário nobre da TV americana, com 90 milhões de telespectadores; e a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, também vista por um bilhão de pessoas.
O experimento funcionava da seguinte forma: o aparelho era ligado durante uma hora antes do evento planejado e desligado uma hora após o término do evento. Os dados aleatórios produzidos eram registrados a cada seis minutos. Durante o evento, um grupo de juízes dizia quais eram os momentos mais e menos interessantes. A hipótese dos pesquisadores era que, nos momentos mais interessantes haveria um padrão nos dados, em vez de números aleatórios.
No caso do curso de crescimento pessoal, que envolvia massagens e relaxamentos, as nove horas do evento foram consideradas de alto interesse. Um GNA colocado no local teve comportamento improvável durante quase todo o período, chegando a picos em que a chance de aqueles números serem produzidos por acaso era uma em 1 000. Quando o mesmo aparelho foi ligado fora do horário do evento, a máquina comportou-se bem próximo do esperado.
Durante o veredicto de O.J. Simpson, o GNA teve um comportamento diferente. Em vez de se manter em comportamento improvável o tempo todo, a máquina mostrou três picos de comportamento incompatível com o normal. O primeiro ocorreu às 9 horas da manhã. Naquele momento, as redes de TV iniciaram a transmissão sobre o caso. O segundo pico parece não ter relação com nenhum evento. Mas, no momento em que o veredito foi dado, os geradores atingiram o pico máximo de comportamento anormal.
Há uma porção de críticas que podem ser feitas a um experimento aberto como esse. O psicólogo Ray Hyman, da Universidade de Oregon, tem as suas. Diz ele que examinar números binários é uma tarefa cheia de armadilhas. "Em um teste, os parapsicólogos conseguiram um padrão especial. Então, deve-se repetir o experimento e procurar o mesmo padrão. Mas, se no outro experimento aparece um padrão diferente, eles vão dizer que esse resultado é significativo, porque não era esperado nenhum padrão. O problema é que, depois que os dados estão disponíveis, sempre é possível encontrar um padrão."
A pesquisa científica de maior credibilidade sobre paranormalidade é um estudo de telepatia chamado ganzfeld, uma palavra alemã que significa "campo total". O Ganzfeld é um método inventado por psicólogos para padronizar os estímulos audiovisuais de uma pessoa. Os parapsicólogos adotaram-no por acreditar que a percepção extra-sensorial fica normalmente embotada pelos estímulos do cotidiano. Com os estímulos audiovisuais padronizados, a pessoa ficaria mais atenta à sua percepção extra-sensorial.
No Ganzfeld, a pessoa fica deitada em uma cadeira reclinável confortável, com fones de ouvido. Sobre cada olho, meia bola de pingue-pongue. Os fones tocam chiado, considerado um som neutro. E sobre as bolinhas de pingue-pongue é emitida uma luz vermelha, de forma que, se a pessoa abre os olhos, ela só vê uma luz difusa vermelha. Para garantir que a pessoa não pode se comunicar por telefone ou rádio com o exterior, as salas de Ganzfeld são à prova de som e blindadas contra ondas eletromagnéticas.
O teste funciona assim: um computador seleciona aleatoriamente um jogo de quatro imagens de um banco de dados contendo dezenas delas. Dessas quatro imagens, a máquina escolhe uma. Essa imagem é que será transmitida telepaticamente. O teste envolve duas pessoas: o emissor, que fica em uma sala, em frente a um computador, e o receptor, que fica em outra sala, em estado de Ganzfeld. Durante a sessão, o "receptor" descreve em voz alta todas as imagens que sua imaginação produz. Sua descrição é transmitida para o emissor, como estímulo para que ele se concentre na tarefa. Ao final da sessão, que dura 30 minutos, um computador exibe as quatro imagens selecionadas para o receptor. Sua tarefa é dizer qual das imagens mais se assemelha com o que ele imaginou. Se ele indicar a imagem certa, um acerto direto é computado. Todos os testes são gravados, para o caso de alguém querer conferir.
Em 1994, o parapsicólogo Charles Honorton, hoje falecido, e Daryl Bem, psicólogo da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, fizeram uma meta-análise combinando vários estudos de Ganzfeld realizados entre 1983 e 1989. O resultado, publicado em um prestigiado jornal de psicologia, chamou a atenção pela consistência dos números: de 355 sessões em que uma pessoa tentou acertar a imagem certa, em 122 a resposta foi correta, uma taxa de 34,4% de acerto. A princípio, isso parece pouco, mas a chance de isso ocorrer por acaso é de uma em 20 mil vezes. Para muita gente, isso equivalia a uma prova da existência do fenômeno psi. Como a metodologia descrita por eles era rigorosa, lapidada em anos de debates com céticos, parecia que, finalmente, havia sido descoberta uma receita para repetir o fenômeno psi.
Ray Hyman, o cético da Universidade de Oregon, disse que os resultados eram "intrigantes" e que, se os resultados pudessem ser repetidos em outros laboratórios, a parapsicologia teria feito seu début na ciência. Entre 1994 e 1997, outros seis laboratórios fizeram testes de Ganzfeld. Todos eles tiveram resultados acima da chance, mas em quatro deles a margem de erro incluía a possibilidade de acaso.
Só que a vitória durou pouco. Como já foi dito, a ciência é um jogo que nunca acaba e, em 1996, dois pesquisadores publicaram uma nova meta-análise, incluindo 30 estudos de Ganzfeld que não haviam sido incluídos na revisão anterior. Com esses estudos, a taxa de acerto voltava ao que era esperado por acaso. Bem e Honorton responderam sustentando sua metodologia, mas a polêmica se estendeu em réplicas e tréplicas de cunho técnico, e a prova inequívoca que a parapsicologia buscava se perdeu no caminho. Novos estudos foram feitos e o placar atual, segundo Robert Morris, é de um efeito significativo de 30%. "É fraco, mas é consistente", diz ele. E tem 95% de confiança."
Telecinese
Os pesquisadores também testam em laboratório se a mente consegue influenciar a matéria sem utilizar nenhum meio físico conhecido. Esse poder, que aparece com freqüência no cinema, é conhecido como telecinese. Nas experiências em laboratório, no entanto, ninguém tenta mover grandes objetos com o pensamento. Os parapsicólogos acham que mover um objeto parado seria muito difícil. Em vez disso, foi desenvolvido um teste sobre uma máquina que já se move. A idéia é afetar esse movimento. O equipamento utilizado é um gerador de números aleatórios (GNA), um nome dado a vários tipos de aparelhos que funcionam como máquinas de sorteio. Só que essas máquinas produzem apenas dois resultados: 0 ou 1, em uma seqüência aleatória. Em geral, espera-se que, ao final de uma série, o número de zero e um seja igual.
Esse teste foi desenvolvido pelo físico Robert Jahn, ex-diretor da Escola de Engenharia e Ciência Aplicada da Universidade de Princeton, Estados Unidos. Jahn é uma autoridade em engenharia aeroespacial e foi colaborador da Nasa, a agência espacial americana. Hoje, dirige o projeto de Pesquisa de Anomalias em Engenharia de Princeton.
A experiência criada por Jahn consiste simplesmente em um operador tentando influenciar um GNA. Em alguns testes, ele deve tentar fazer a máquina produzir mais 0 que 1. Em outros, o contrário. E, em outros, o operador deve tentar não influenciar o gerador. A experiência dura alguns minutos. Quando acaba, os pesquisadores comparam os números obtidos e a intenção do operador. Se houve um desequilíbrio entre os números no sentido desejado e se esse desequilíbrio estiver fora da margem de erro do próprio aparelho, o resultado é considerado anômalo, ou seja, ocorreu alguma coisa anormal. Para fazer um controle, os pesquisadores comparam os resultados com os números de outro GNA que não foi utilizado na pesquisa.
Em 1989, o engenheiro elétrico e parapsicólogo Dean Radin e o psicólogo Roger Nelson publicaram uma meta-análise dos experimentos com GNA. Foram analisados 832 estudos de 1959 a 1987, de 68 pesquisadores diferentes. Para quem não é do ramo, o resultado foi decepcionante: o índice de acerto foi de 51%, onde 50% era esperado por acaso. Mas os cientistas comemoraram. Devido ao número enorme de sessões, a consistência do resultado foi estratosférica. A chance de esse resultado aparecer por acaso é de uma em um trilhão. Para se ter uma idéia, nos aparelhos monitorados para controle, sem um operador tentando influenciá-los, os resultados foram muito próximos da probabilidade normal: a chance foi de dois para um. Detalhe: em alguns casos, o operador procurava influenciar o equipamento no futuro, ou seja, a máquina só seria monitorada horas depois. Segundo os pesquisadores, a estrutura e o efeito observados nesses casos assemelhou-se aos dos demais.
Os resultados foram bombardeados. Em 1990, o físico Philip W. Anderson, ganhador do Nobel, criticou o método estatístico utilizado nos estudos, o que gerou uma polêmica em que outros laureados cientistas saíram em defesa dos dois lados da contenda. A questão continua sem consenso.
Se a atenção de uma pessoa pode afetar a matéria, a atenção de várias deveria afetar ainda mais. Baseado nessa hipótese, Roger Nelson e Dean Radin verificaram o comportamento de geradores de números aleatórios durante eventos que atraíam grande atenção. A hipótese é que, quando várias pessoas prestam atenção a um mesmo evento, elas criam uma ressonância que afeta a matéria e que poderia ser detectada em um gerador de números. Em 1995 e 1996, Radin examinou esse efeito em oito eventos: um workshop sobre crescimento pessoal, com 12 participantes; duas premiações do Oscar, que foram vistas, cada uma, por um bilhão de espectadores; um show em um cassino de Las Vegas, com 40 espectadores; o julgamento do jogador de futebol americano O.J. Simpson, acusado de matar a mulher, que foi visto por 500 milhões de pessoas; o horário nobre da TV americana, com 90 milhões de telespectadores; e a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, também vista por um bilhão de pessoas.
O experimento funcionava da seguinte forma: o aparelho era ligado durante uma hora antes do evento planejado e desligado uma hora após o término do evento. Os dados aleatórios produzidos eram registrados a cada seis minutos. Durante o evento, um grupo de juízes dizia quais eram os momentos mais e menos interessantes. A hipótese dos pesquisadores era que, nos momentos mais interessantes haveria um padrão nos dados, em vez de números aleatórios.
No caso do curso de crescimento pessoal, que envolvia massagens e relaxamentos, as nove horas do evento foram consideradas de alto interesse. Um GNA colocado no local teve comportamento improvável durante quase todo o período, chegando a picos em que a chance de aqueles números serem produzidos por acaso era uma em 1 000. Quando o mesmo aparelho foi ligado fora do horário do evento, a máquina comportou-se bem próximo do esperado.
Durante o veredicto de O.J. Simpson, o GNA teve um comportamento diferente. Em vez de se manter em comportamento improvável o tempo todo, a máquina mostrou três picos de comportamento incompatível com o normal. O primeiro ocorreu às 9 horas da manhã. Naquele momento, as redes de TV iniciaram a transmissão sobre o caso. O segundo pico parece não ter relação com nenhum evento. Mas, no momento em que o veredito foi dado, os geradores atingiram o pico máximo de comportamento anormal.
Há uma porção de críticas que podem ser feitas a um experimento aberto como esse. O psicólogo Ray Hyman, da Universidade de Oregon, tem as suas. Diz ele que examinar números binários é uma tarefa cheia de armadilhas. "Em um teste, os parapsicólogos conseguiram um padrão especial. Então, deve-se repetir o experimento e procurar o mesmo padrão. Mas, se no outro experimento aparece um padrão diferente, eles vão dizer que esse resultado é significativo, porque não era esperado nenhum padrão. O problema é que, depois que os dados estão disponíveis, sempre é possível encontrar um padrão."
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