É tão generalizada a visão de que os homens em geral são egoístas, gananciosos e que só pensam em si, que fico até constrangido em tentar mostrar alguns fatos e dados que colocam essas generalizações ofensivas ao gênero masculino em xeque.
Antigamente, um dos critérios que as mulheres usavam para escolher seus pares era justamente a generosidade masculina. Elas ficavam muito atentas em detectar homens generosos. Aqueles que pagavam a conta num jantar (dele e dela), as levavam a lugares caros, um teatro ou concerto, os que davam flores todos os dias, jóias e presentes caríssimos.
Elas procuravam um par que estivesse ganhando muito mais do que precisava para viver sozinho. Que tivesse excedentes quando solteiro e lastro para cuidar de mais pessoas no futuro. No fundo, elas estavam avaliando a capacidade do par sustentá-las e aos futuros cinco filhos.
Procuravam homens que não iriam se sentir mais pobres depois do casamento e que não reclamariam todos os dias dos gastos da mulher. Aqueles já acostumados a gastar mais com os outros, do que consigo. Não é coincidência de que “generosidade” advém do termo “gênero”.
Pode-se argumentar que a generosidade masculina é uma conseqüência feminina, uma característica construída ao longo de gerações pelas mulheres. Mas, afirmar que os homens são todos canalhas e egoístas não confere com o passado de nossas avós.
Sem dúvida, alguns homens se aproveitaram do critério de seleção. Deram jóias falsas, compraram a crédito, deram golpes na praça, algo muito retratado na literatura e nas novelas até hoje.
Infelizmente, esse método de seleção passou a ser “politicamente correto”. Muitas mulheres passaram a considerar a generosidade masculina uma opressão machista ou uma estratégia de poder. Elas passaram a exigir a divisão da conta, meio a meio. A generosidade masculina deixou de ser critério de seleção. Pelo contrário, virou critério de exclusão. Em suma, foi um tiro no pé.
As mulheres de hoje foram induzidas a casar com homens bem menos generosos, profissionalmente menos competentes e com menos capacidade de cuidar de uma família depois do casamento. Muitas, já casaram com homens egoístas, o que somente reforçou a imagem negativa inicial que muitas ativistas já tinham do gênero masculino. Tanto é, que o número de casamentos fracassados e divórcios não parou de subir nos últimos trinta anos.
Mas, há uma segunda conseqüência ainda mais nefasta. Os homens profissionalmente competentes, agora excluídos e rejeitados, passaram a gastar não mais com as mulheres como antigamente, mas consigo. Passaram a comprar canetas Mont Blanc, sapatos e roupas de grife, em vez de rosas e presentes caros para elas. Continuaram tentando mostrar às mulheres que eles ganham muito mais do que precisam para viver, e que a maioria dos seus gastos são supérfluos e desnecessários. Razão pela qual, as mulheres os adoram.
Só que isto transformou o homem generoso de antigamente, no homem narcisista de hoje. Toda essa ostentação e consumo supérfluo não é fruto do capitalismo neoliberal, mas de uma visão equivocada do que é “politicamente correto” nas relações de gênero.
A nova geração de mulheres terá enormes dificuldades em convencer seus mauricinhos recém-casados a trocar o Audi A4, quando chegar o futuro carrinho de bebê.
Se você pretende se casar com um homem inteligente, competente e generoso, e que não vai eternamente controlar os seus gastos, procure os homens à moda antiga. Aqueles que ganham mais do que precisam para viver, os que são extremamente generosos com relação ao dinheiro, os que têm prazer em gastar com as mulheres ou os que fazem filantropia - não com o dinheiro dos outros, mas com dinheiro próprio. Você terá um marido inteligente, um pai carinhoso e uma vida financeira saudável.
Se você acredita que todo homem nasce egoísta, ganancioso, que só pensa em si, e que ele só paga o jantar porque pensa em levá-la para a cama; você está com uma concepção equivocada de como todo este processo histórico começou.
Converse com as mulheres politicamente corretas, as que dividem o jantar meio a meio, e você vai descobrir que as intenções deles não mudaram em nada, mesmo com você pagando o jantar.
Stephen Kanitz
Antigamente, um dos critérios que as mulheres usavam para escolher seus pares era justamente a generosidade masculina. Elas ficavam muito atentas em detectar homens generosos. Aqueles que pagavam a conta num jantar (dele e dela), as levavam a lugares caros, um teatro ou concerto, os que davam flores todos os dias, jóias e presentes caríssimos.
Elas procuravam um par que estivesse ganhando muito mais do que precisava para viver sozinho. Que tivesse excedentes quando solteiro e lastro para cuidar de mais pessoas no futuro. No fundo, elas estavam avaliando a capacidade do par sustentá-las e aos futuros cinco filhos.
Procuravam homens que não iriam se sentir mais pobres depois do casamento e que não reclamariam todos os dias dos gastos da mulher. Aqueles já acostumados a gastar mais com os outros, do que consigo. Não é coincidência de que “generosidade” advém do termo “gênero”.
Pode-se argumentar que a generosidade masculina é uma conseqüência feminina, uma característica construída ao longo de gerações pelas mulheres. Mas, afirmar que os homens são todos canalhas e egoístas não confere com o passado de nossas avós.
Sem dúvida, alguns homens se aproveitaram do critério de seleção. Deram jóias falsas, compraram a crédito, deram golpes na praça, algo muito retratado na literatura e nas novelas até hoje.
Infelizmente, esse método de seleção passou a ser “politicamente correto”. Muitas mulheres passaram a considerar a generosidade masculina uma opressão machista ou uma estratégia de poder. Elas passaram a exigir a divisão da conta, meio a meio. A generosidade masculina deixou de ser critério de seleção. Pelo contrário, virou critério de exclusão. Em suma, foi um tiro no pé.
As mulheres de hoje foram induzidas a casar com homens bem menos generosos, profissionalmente menos competentes e com menos capacidade de cuidar de uma família depois do casamento. Muitas, já casaram com homens egoístas, o que somente reforçou a imagem negativa inicial que muitas ativistas já tinham do gênero masculino. Tanto é, que o número de casamentos fracassados e divórcios não parou de subir nos últimos trinta anos.
Mas, há uma segunda conseqüência ainda mais nefasta. Os homens profissionalmente competentes, agora excluídos e rejeitados, passaram a gastar não mais com as mulheres como antigamente, mas consigo. Passaram a comprar canetas Mont Blanc, sapatos e roupas de grife, em vez de rosas e presentes caros para elas. Continuaram tentando mostrar às mulheres que eles ganham muito mais do que precisam para viver, e que a maioria dos seus gastos são supérfluos e desnecessários. Razão pela qual, as mulheres os adoram.
Só que isto transformou o homem generoso de antigamente, no homem narcisista de hoje. Toda essa ostentação e consumo supérfluo não é fruto do capitalismo neoliberal, mas de uma visão equivocada do que é “politicamente correto” nas relações de gênero.
A nova geração de mulheres terá enormes dificuldades em convencer seus mauricinhos recém-casados a trocar o Audi A4, quando chegar o futuro carrinho de bebê.
Se você pretende se casar com um homem inteligente, competente e generoso, e que não vai eternamente controlar os seus gastos, procure os homens à moda antiga. Aqueles que ganham mais do que precisam para viver, os que são extremamente generosos com relação ao dinheiro, os que têm prazer em gastar com as mulheres ou os que fazem filantropia - não com o dinheiro dos outros, mas com dinheiro próprio. Você terá um marido inteligente, um pai carinhoso e uma vida financeira saudável.
Se você acredita que todo homem nasce egoísta, ganancioso, que só pensa em si, e que ele só paga o jantar porque pensa em levá-la para a cama; você está com uma concepção equivocada de como todo este processo histórico começou.
Converse com as mulheres politicamente corretas, as que dividem o jantar meio a meio, e você vai descobrir que as intenções deles não mudaram em nada, mesmo com você pagando o jantar.
Stephen Kanitz
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