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Gerenciamento eficiente de anotações

 Tomar notas é uma tarefa que faz parte da rotina de todos nós. Fazemos anotações de aulas, reuniões, bilhetes, lembretes, coisas para verificar mais tarde, títulos de livros, produtos para pesquisar e tantas coisas mais. Também costumamos juntar papéizinhos aleatórios na esperança de formar um clipping de coisas importantes ou interessantes, mas acabam virando um amontoado de lixo no fundo da gaveta. Ou se juntam àquela pilha de papéis da sua mesa, que é um verdadeiro buraco negro de dados.

Enquanto se tem um caderno de notas, as chances de se perder alguma informação importante são reduzidas. Mas nossa vida não gira em torno de cadernos. Também guardamos recortes de jornais e revistas, folhetos de propaganda, bulas de remédio e até guardanapos! E, considerando a era da internet, formamos também uma “pilha virtual” de artigos para ler mais tarde ou guardar para futuras pesquisas.

É justamente a pesquisa o calcanhar de aquiles dos métodos de anotação tradicionais. Quantas revistas você não separou para ler mais tarde, por causa de determinado artigo, e nunca mais a encontrou? E se encontrou, durante uma faxina, nem se lembrava mais por que a guardou?

No digital, fica mais fácil organizar seu sistema. Tudo fica centralizado num só local. Minha solução favorita é o Evernote, gratuito e bastante popular. Sou fã de carteirinha. Primeiro, por causa da ubiquidade: ele funciona online, em PC, Mac, Linux e dispositivos móveis. Nem precisa ser numa máquina sua. Pode ser de qualquer computador com internet, em qualquer lugar do mundo, como se faz com os webmails. Depois que o conheci, todos os outros sistema passaram a me parecer primários demais. Antes dele, eu usava o modo de notas do Outlook (herdado do Palm Desktop) e OneNote da Microsoft.

Ainda que o conceito do Evernote seja trabalhar na nuvem, nos desktops as anotações também ficam salvas localmente, e dá até para optar em não mantê-las (todas ou algumas) online. Em dispositivos móveis, por questões de espaço e tráfego de dados, só é possível acessá-las com conexão ativa, salvo uma ou outra que você marque como “favorita”. Contudo, usuários pagos podem escolher categorias inteiras para manter guardadas no aparelho — o limite é o armazenamento do próprio celular.

Porque o Evernote é o melhor

  • Catalogar sites interessantes da web nos seus favoritos é uma coisa. Salvar artigos específicos nos favoritos é outra, e é um erro. Primeiro, porque quando você precisar daquele artigo, ele pode não mais estar lá. Segundo, você terá que estar obrigatoriamente online. Terceiro: é inviável fazer buscas. Se você não se lembra do título do artigo, ou do autor, ou do site, mas lembra do assunto, é impossível procurá-lo. A ferramenta Clipping do Evernote copia e cola a referida página dentro de uma nova nota, salvando-a para sempre. Qualquer palava dentro do artigo é “procurável”. Minha dica é: remova banners e propagandas, se houver, pois podem atrapalhar futuras buscas.
  • É possível associar “tags”, ou etiquetas, a cada anotação. O objetivo é facilitar identificações, buscas, catalogamento, etc. Por exemplo, salvar artigos na web e usar “TCC” nas tags, para facilitar um futuro trabalho da faculdade.
  • Procurar palavras dentro de fotografias também é possível com o Evernote. Se você quiser, pode fotografar uma placa, por exemplo, e futuramente realizar buscas com os escritos desta placa. A responsável por isso é uma tecnologia chamada OCR, que significa “reconhecimento ótico de caracteres”.
  • Scanners são os melhores amigos do Evernote. Alguns deles, como o ScanSnap da Fujitsu, a linha com SmartSolutions da Lexmark e modelos protáteis como o Doxy e Scan Book2 possuem integração nativa com o Evernote. Ou seja, escaneou, foi para seu arquivo. Formam uma dupla e tanto para profissionais que procuram ter uma vida com menos papel.
  • O Evernote nasceu no conceito da mobilidade. Está presente em praticamente todos os sistemas operacionais móveis. Além de procurar suas notas em qualquer lugar, a qualquer hora, a captura de informações passa a ser mais consistente. E, se não for possível anotar no próprio Evernote, usando o teclado, a câmera do celular, quebra um galhão. Placas, bilhetes, etiquetas de produtos, capas de livros, embalagens, páginas de livros e revistas…

Para usar a câmera do celular como ferramenta de captura, a quantidade de megapixels não é tão importante. Certifique-se que ela possui modo macro ou autofoco, que é essencial para fotos de perto, permitindo que os caracteres fiquem legíveis.

Ainda dentro do conceito da mobilidade, não é preciso escrever onde você fez uma anotação ou foto. Se o seu dispositivo móvel possuir GPS, as coordenadas geográficas ficam salvas. Depois, dá até para procurar, num mapa, as anotações feitas em todos os lugares!

Na continuação deste artigo, continuarei falando do uso do Evernote: um pouco mais sobre ferramentas, dicas para iniciantes, e outras utilidade para o aplicativo.

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