A Copa do Mundo de 2010 ficou marcada pelos atritos de Dunga com a imprensa. A Rede Globo, parceira histórica da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), foi quem mais saiu prejudicada, sem espaço para entrevistas exclusivas com os jogadores na África do Sul.
Um ano depois, a situação é outra, durante a preparação para a Copa América. Semanas antes da viagem à Argentina, ocorreu um almoço entre Mano Menezes e profissionais do alto escalão global. O acordo é para não abusar e evitar a badalação que marcou a Copa de 2006.
Dentro da chefia da Globo, existe um alívio. Celebram o ambiente amigável e falam em um período de transição.
Os profissionais do grupo presidido pela família Marinho estão hospedados no mesmo hotel da seleção em Los Cardales, assim como equipes de reportagem de outros veículos de comunicação, como os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Apenas em alguns locais está proibido o acesso, privativo aos integrantes da equipe pentacampeã mundial.
Todos, globais ou não, circulam livremente no saguão, e o contato com jogadores e Mano é aberto, fato que não ocorreu no último Mundial, quando o elenco brasileiro ficou enclausurado na concentração. Os próprios atletas evitavam os jornalistas para não bater de frente com Dunga.
Já são seis dias de preparação em Los Cardales e até o momento não houve nenhuma entrevista exclusiva, o que deve ser liberado em breve pela assessoria de imprensa da CBF.
Na 'era Dunga', a maior saia-justa ficava para o diretor de comunicação Rodrigo Paiva, que não conseguia conciliar os desejos da Globo e as exigências restritivas do ex-técnico da seleção e capitão do tetracampeonato.
O auge do conflito foi o famoso episódio em que Dunga, durante a entrevista coletiva após a vitória sobre a Costa do Marfim, xingou o jornalista Alex Escobar, e as palavras do treinador foram captadas pelo som.
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